Construção enfrenta 2025 com desafios e foco em eficiência e sustentabilidade
Janeiro 15, 2025
O setor da construção em Portugal encara 2025 como mais um ano marcado por desafios estruturais e oportunidades.
A escassez de mão de obra qualificada, a pressão dos custos de materiais e energia, e a urgência em aumentar a oferta habitacional continuam a ser entraves ao crescimento sustentável. Ao mesmo tempo, políticas públicas e práticas inovadoras são vistas como essenciais para superar estas barreiras.
Manuel Reis Campos, presidente da CPCI e da AICCOPN, destaca que o setor deverá crescer 4% em 2025, impulsionado pelo investimento público e pela alta procura por habitação. O segmento de engenharia civil será o mais dinâmico, com uma previsão de crescimento entre 5% e 7%, alavancado por fundos europeus do PRR e Portugal 2030. Já o segmento habitacional deverá crescer de forma mais moderada, entre 1,5% e 3,5%.
Os principais entraves
A falta de mão de obra qualificada continua a ser um dos maiores desafios. A baixa produtividade, somada às incertezas económicas, dificulta o planeamento de longo prazo e a implementação de inovações no setor.
Outro ponto crítico é o peso do custo dos terrenos no preço final das habitações. Alterações na legislação dos solos, que incentivem a reclassificação de terrenos e aumentem a oferta habitacional, podem ter impacto, mas não resolvem sozinhas o problema.
Além disso, os custos fiscais e a complexidade regulatória são apontados como obstáculos ao investimento e à execução de projetos.
A urgência de construir mais e melhor
Portugal enfrenta uma crise habitacional sem precedentes, com elevada procura e escassa oferta de casas. Para os players do mercado, medidas como a simplificação dos processos de licenciamento, a utilização de terrenos públicos e a redução de impostos sobre a construção são cruciais para acelerar o ritmo das obras.
Práticas sustentáveis e tecnologias modernas, como construção modular e off-site, também são vistas como soluções promissoras para reduzir custos e prazos.
O peso da carga fiscal
A elevada carga tributária sobre o setor é outro entrave central. Apesar das discussões sobre reduzir o IVA para 6% na construção, a proposta não avançou no Orçamento do Estado de 2025.
Com a urgência de reabilitar infraestruturas, modernizar métodos construtivos e responder à crise habitacional, 2025 será decisivo para definir o futuro da construção em Portugal.
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